Por Aline Cardoso
O que caracteriza uma experiência? Uma experiência só é válida quando relacionada ao mercado de trabalho? Essa é uma perspectiva bem comum, mas infelizmente limitadora. Existem diversos tipos de experiência e devemos pensar em todas as suas possibilidades, pois uma característica marcante dela é a sua unicidade.
Comecemos pelo que nos é mais comum: a experiência formal e profissional. É aquela que está na carteira de trabalho, no seu registro profissional. Alguma atividade pela qual foi proporcionado algum tipo de remuneração. Ela não está necessariamente ligada ao prestígio ou a felicidade laboral? Não, é apenas uma possibilidade dentre outras.
Experiência por proximidade/tentativa e erro: é aquela que, geralmente, faz parte do dia a dia da pessoa, alguma atividade (ou mais de uma, claro) que por fazer parte do cotidiano da pessoa tornam-se íntimas a ela, lidam com a atividade frequentemente, ora acertam, ora erram, mas é inegável: gera um conhecimento valioso e único.
Experiência sensível: é aquela que é repleta de afetações. Algo nos toca, de forma negativa ou positiva, e não podemos ficar no mesmo lugar: precisamos nos mover. Movimentar-se na vida é experiência. A vivência pode e deve ser prestigiada.
Cursos de graduação, cursos técnicos, certificado de cursos online, presenciais, estágio remunerado ou não, voluntariado, experiências de tutoria, uso de experiências pessoais conseguir um retorno financeiro. Existem os experientes, os expertises. Afinal, duas pessoas podem ter passado pelos mesmos cursos, tendo estagiado no mesmo lugar no mesmo cargo e mesmo assim terão experiências diferentes. Duas pessoas podem ter a mesma afinidade e prática de alguma atividade pelo mesmo período de tempo, e mesmo assim, as experiências serão diferentes. O motivo? Ela é subjetiva. E isso é o que a torna poderosa. Por que não exploramos isso?
Aline Cardoso é Produtora de Conteúdo e formada em Psicologia/Bacharel.
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